Visão Geral

O processo de Auditoria Social teve início nos Estados Unidos em 1940, através de seu precursor Theodore J. Kréps, acadêmico e consultor do “Temporary National Economic Committee” (Comitê Temporário Econômico Nacional) criado pelo Congresso Americano em atendimento ao pedido feito em discurso pelo Presidente Franklin Roosevelt em 1938, que combatia dentre outras coisas, os monopólios. O ilustre Dr. Theodore J. Kréps, desenvolveu metodologia própria de Auditoria Social, na monografia de números 7-8 deste Comitê Oficial, e “auditou socialmente a economia americana e grandes empresas” , tornando de conhecimento público os resultados dessa “Auditagem Social Americana”.

Foram desenvolvidos ao longo de dezenas de séculos, vários tipos de negócios, a maioria, através da apropriação do acervo que pertencia às comunidades locais. Terceiros exploravam os recursos naturais e se apropriavam dos conhecimentos ancestrais de acesso e disponibilidade aos mesmos. Esses patrimônios genéticos foram obtidos através da conexão do homem, diretamente com a natureza.

Grandes corporações movem-se global e livremente há muitos séculos, enquanto que a maioria das sociedades humanas e governos, permanecem atreladas ao local físico. Uma das finalidades da Auditoria Social é a de identificar através da visibilidade de dados e informação integrados, o padrão de relacionamento indefinido público-privado, baseado na apropriação por parte de terceiros, da gestão de conhecimentos e recursos: conhecimentos humanos, sociais, ambientais, financeiros e econômicos, pertencentes as comunidades locais e a sociedade como um todo.

Muitos acadêmicos e empresários, confundem “Auditoria Social” com “Responsabilidade Social”, mas são processos que atendem a interesses específicos: enquanto a Responsabilidade Social mantém a “Entidade” como a única geradora de informação sobre a sua atuação (grandes empresas, governos e outros), caracterizando um monólogo, o mesmo não ocorre com a Auditoria Social, que se utiliza de outros dados, informações, conceitos, técnicas e metodologias, para gerar um Diálogo de Transformação Social Inclusivo.

A autora conceitua Auditoria Social como: “Um processo intervencionista social, que tem por objeto o controle do patrimônio universal (recursos humanos, sociais e ambientais) e por objetivo tornar esse acervo de recursos acessível e disponível, para usufruto sustentável das comunidades locais no presente e no futuro, em simetria com a sociedade global.

                                                                                                           

Maria de Fátima de Lima Pinel (2012)

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